
Segundo a classificação do estudo, 170 dos 184 municípios estão nas faixas C, D e E, consideradas mais vulneráveis. Por outro lado, somente 14 cidades estão incluídas nos grupos A e B, com melhores indicadores sociais - mas sem serem imunes à doença. Até a noite desta terça-feira, 62 cidades tinham casos confirmados do coronavírus, de acordo com a plataforma Integra SUS, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Destas, 48 - ou 81% do total - se enquadram nos critérios de maior vulnerabilidade da doença.
O grupo C tem 60 municípios cearenses que misturam populações urbanas e rurais. "Em comparação com A e B, eles têm uma expectativa de vida significativamente menor, pobreza significativamente alta e menos infraestrutura", explica o estudo.
Maior do Estado, o grupo D engloba 90 municípios localizados principalmente em áreas mais secas da caatinga, com predominância de populações rurais, alta desigualdade, baixo componente de escolaridade do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e baixo acesso a serviços de água e esgoto.
No grupo E, estão os piores indicadores de educação, além de acesso precário à água tratada, disposição de esgoto e eletricidade. Ao todo, conforme os parâmetros do levantamento, 20 cidades cearenses se enquadram nessa categoria. Embora alerte que as áreas com maior probabilidade de ter ou vir a ter atividade alta de Covid-19 são Fortaleza e sua Região Metropolitana, o relatório chama atenção para o "risco de interiorização da epidemia" em direção a esses municípios.
A presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Sayonara Cidade, afirma que a entidade participou da elaboração dos Planos Regionais de Contingência, que contemplam as necessidades assistenciais e os fluxos para acesso dos pacientes.
Por: Diário do Nordeste