
Presos realizaram um princípio de rebelião na Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) 3, no Complexo Penitenciário de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. O movimento foi registrado por agentes penitenciários.
No local, há 1,2 mil internos. A capacidade é para 950. O motim foi controlado horas depois. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) ainda está averiguando a ocorrência.
A unidade é dominada por presos ligados ao Primeiro Comando da Capital, o PCC. O tumulto na prisão seria uma resposta às declarações do titular da SAP, Luís Mauro Albuquerque. Durante posse como secretário na última terça-feira, 1º, Mauro disse não reconhecer facções criminosas no Ceará. Ele também afirmou que não irá manter a divisão de presos por filiação a organizações criminosas e estabeleceu como meta um rigoroso pente-fino na entrada de celulares nas prisões.
Ao todo, o Ceará tem cerca de 28 mil presos. Desde o fim de 2016, quando o Estado enfrentou uma série de ataques a ônibus semelhantes aos que acontecem agora, os internos passaram a ser distribuídos nas unidades segundo seus laços com as facções.
Desde a madrugada desta quinta-feira, 3, pelo menos 15 ataques foram realizados contra ônibus, carros da Prefeitura de Horizonte e um viaduto na BR-020, em Caucaia.
Pelo menos, dez pessoas foram detidas sob suspeita de participarem da série de atentados.
INVESTIGAÇÃO
Detento que chefia tráfico no Litoral Leste teria ordenado ataques na Região Metropolitana
Celular apreendido de traficante preso na CPPL I teria ordens disparadas antes dos acontecimentos
A ordem para os ataques nesta madrugada em Fortaleza e Região Metropolitana, com incêndios a ônibus e até a explosão de uma viga de sustentação do viaduto da BR-020, teria partido de dentro da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL) I, em Itaitinga.
Sobre o assunto
Ônibus são incendiados e explosão é ouvida em ataques em Fortaleza e Caucaia
Criminosos tentam derrubar viaduto em série de ataques em Fortaleza e Região Metropolitana
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Ônibus circulam normalmente em Fortaleza e Caucaia nesta quinta-feira, 3
Viaduto alvo de ataque em Caucaia está interditado e corre risco de desabamento
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Presidente do Conselho Penitenciário considera "imprudente" fala de secretário sobre facções
Frota de ônibus será reduzida, mudará itinerário e circulará sob escolta policial
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Em madrugada de ataques, seis veículos são destruídos em prédio da Prefeitura de Horizonte
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Pelo menos esta é a linha de investigação trabalhada, na manhã desta quinta-feira, 3, pelas coordenadorias de Inteligência das Secretarias da Segurança Pública e Defesa Social (Coin-SSPDS) e da Secretaria da Administração Penintenciária (Coint-SAP).
Pouco depois das primeiras confirmações de incêndios a ônibus e detonação da coluna do viaduto, líderes da facção Comando Vermelho (CV), na CPPL I, foram retirados de celas conjuntas e postos em isolamento.
O POVO Online apurou que as autoridades penitenciárias e de segurança estariam atribuindo o comando das investidas a um traficante preso naquela unidade. Ele seria o chefe da distribuição e venda de drogas em cidades do Litoral Leste (Pindoretama, Cascavel, Beberibe), no lado Sul da Capital e em parte de Caucaia - onde fica o viaduto atacado.
Na inspeção feita na cela do traficante, que terá o nome preservado a pedido da fonte, havia um celular que estaria com informações associadas aos ataques anteriores aos acontecimentos. Um juiz analisa, desde cedo, um pedido de quebra de sigilo telemático. Os setores de Inteligência pretendem extrair dados que permanecem arquivadas no HD ou no chip do telefone - como fotos, áudios e conversas.
Veja mapa interativo que mostra todos os detalhes da onda de ataque:
Os ataques coincidiram com a fala do novo secretário estadual da Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque. O titular da SAP disse que não reconhece facções criminosas no Ceará. Ele também afirmou que mudará a lógica de divisão de presos por unidades penitenciárias de acordo com cada organização criminosa.
Por O POVO Online